segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

dando continuidade...

Recebemos um link do nosso amigo Cabelo/Santo forte, e gostariamos de compartilhar com vocês.

O texto fala de como usarmos nossas ferramentas para fortelecer algo maior em relação a nossa existencia, em como trabalhar as imagens de forma menos predatoria.
Temos que assumir a responsabilidade da situação que o mundo se encontra. Pessoas que trabalham e manipulam imagens tem um papel enorme no que se consome no mundo todo.
Precimos repensar algumas posturas, e fazer algo para agregar no todo.

Vale a penar refletir...
(Por aqui seguimos no estudo, e na busca pelo equilibrio,sintam-se avontade para entrar em contato)

Segue abaixo o conteudo que ele nos enviou:

Escrito pela primeira vez em 1964, o First Things First é um manifesto que exige uma inversão das prioridades dentro da indústria do design, nos desviando da histeria comercial em direção a uma verdadeira Comunicação Social.Em 1999, o grande designer e crítico social Tibor Kalman fez uma releitura do manifesto que foi publicada em 2001 pela Adbusters no volume Design Anarchy.O que eu estou publicando aqui é uma tradução livre feita por mim mesmo.Espero que esse texto desperte outros designers que, como eu, estão cansados de usar seu trabalho para mentir para o público e estimular o consumismo alienado e destrutivo. Espero que essas pessoas entrem em contato comigo através do blog ou pelo e-mail: walfrido77@gmail.comAgora…
Vamos Ao Que Interessa!Nós, abaixo-assinados, somos designers gráficos, diretores de arte e comunicadores visuais que foram criados em um mundo no qual as técnicas e aparatos da propaganda nos foram persistentemente apresentados como os mais lucrativos, efetivos e desejáveis usos de nossos talentos. Muitos professores e mentores de design promovem essa crença; o mercado recompensa; uma enchente de livros e publicações a reenforçam. Encorajados nessa direção, designers aplicam suas habilidades e sua imaginação para vender biscoitos caninos, refrigerantes, diamantes, detergentes, gel para cabelo, cigarros, cartões de crédito, tênis, tonificadores de bundas, cerveja light e gigantescos carros esportivos. O trabalho comercial sempre pagou as contas, mas muitos designers gráficos o deixaram se tornar, no geral, a única forma de design; sendo assim, portanto, como o mundo o enxerga. O tempo e a energia da profissão são usados para criar demanda por coisas que, na melhor das hipóteses, não são essenciais. Muitos de nós tem se tornado cada vez mais desconfortáveis com essa imagem do design. Profissionais que dedicam seus esforços essencialmente à propaganda, marketing e desenvolvimento de marca estão apoiando, e implicitamente fomentando, um meio-ambiente mental tão saturado de mensagens comerciais que estão mudando o próprio modo como os cidadãos-consumidores falam, pensam, sentem, respondem e interagem. Na prática estamos todos ajudando a esboçar um discurso público redutivo e altamente danoso. Existem objetivos mais merecedores de nossas habilidades de resolver problemas. Crises ambientais, sociais e culturais sem precedentes exigem nossa atenção. Muitas intervenções culturais, campanhas de marketing social, livros, revistas, exibições, ferramentas educacionais, programas de TV, filmes, causas de caridade e outros projetos de informação precisam urgentemente de nossa experiência e ajuda. Nós propomos uma inversão de prioridades em favor de formas de comunicação mais úteis, duráveis e democráticas – que requerem uma mudança de mentalidade do marketing de produtos em direção à exploração e produção de um novo tipo de significado. O espaço para debate está encolhendo e ele deve ser ampliado. O consumismo está dominando sem contestação; ele deve ser desafiado por outras perspectivas expressas, em parte, através das linguagens visuais e recursos do design. Em 1964, 22 artistas gráficos assinaram o chamado para que nossas habilidades fossem aplicadas para fins merecedores. Com o crescimento explosivo da cultura global comercial essa mensagem se tornou ainda mais urgente. Hoje, renovamos seu manifesto com a esperança que não se passem outras décadas antes que ele chegue aos corações.


LINK: http://walfridoneto.wordpress.com/2007/04/25/first-things-first-ou-vamos-ao-que-interessa/

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2 comentários:

Anônimo disse...

Não há nada melhor do que usar sua criatividade para mudar algo.
Se cada um pensasse nisso, quem sabe o mundo ficaria mais divertido e agradável.

Anônimo disse...

ois. conheci o trabalho de vcs na trezeta. adorei, vim aqui ver. foi bom ler esse manifesto, pois me graduei em design gráfico mas saí do mercado frustrada com essa postura de padeira/parideira de idéias insípidas para vender produtos mais insípidos ainda. enfim, decepção total, que se revigora quando encontro iniciativas como a de vcs me fazendo crer que um outro design é possível, acessível e prazeroso. mando abraços e votos de que continuem ( e se possivel me mandem info das atividades para que eu acompanhe/contribua da maneira possível)
Laura
laurawr@uol.com.br
www.flickr.com/photos/chronoscopia